sábado, 28 de agosto de 2010

Na alameda

Caminhávamos por uma noite de sábado, e um senhor bem velhinho exibia sua vitalidade. Seus passos trôpegos de bêbado. Suas roupas de elegância inglesa - para um rapazote do século passado, suspensórios e tudo. E a indefectível boina.
Ele pára, e com olhos educados, fita meu rosto enquanto avançamos. E discreto, meu busto. Não quer mais dançar a valsa dos ébrios em minha frente: gentil, olha minha mão enlaçada com a do meu namorado e - com fingida austeridade - proclama, indicador ao largo:
_ Isso vai dar casamento!

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